Era uma vez um ouriço que todos os dias saía da sua toca com um ar muito convencido.
No primeiro dia de outono decidiu afastar-se para ir ver as folhas a cair, até que se perdeu e avistou uma raposa a cozinhar na sua limpa e bela casa, aproximou-se, bateu à porta e disse, com um ar convencido:
- Sabes que os teus cozinhados estão a pôr um cheiro horrível no meu bosque?
A raposa abriu a porta e disse:
- Desculpe, o que é que você me está a insinuar?
- Foi o que tu ouviste.
- Olhe que eu não costumo ser mal-educada, mas o senhor não me conhece de lado nenhum, não tem o direito de me tratar por tu.
O ouriço virou-lhe as costas e tentou voltar para casa e caiu num buraco. Até que começou a gritar:
- Ajuda! Ajuda! Ajuda!
A raposa ouviu aquilo, saiu de casa e foi ao encontro dele e perguntou-lhe:
- Como chegaste aí?
- Então, eu caí, não vês?
- Vê, se não tivesse sido mal-educado comigo, eu tirava-o daí!
- eu recuso-me a pedir desculpa!
- Está bem, eu tiro-o daí.
Como o buraco não era muito fundo, ela tirou-o dali e disse-lhe:
- Não faça aos outros o que não quer que lhe façam a si!
(Autoras da história: Ana Rita e Mariana, do 5ºC)